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Saneamento tem gênero? No Brasil, 16 milhões de mulheres não têm acesso à água tratada e 38% vivem em locais sem coleta de esgoto

Postado por paintbox em 22/dez/2023 - Sem Comentários

Dos morros cariocas para os bailes de carnaval, a história da passista Maria Mercedes Chaves, a Maria Lata d’água, ganhou o Brasil após desfilar na Marquês de Sapucaí com uma lata de 20 litros de água na cabeça. A musa inspiradora da famosa canção, “Lata d’água na cabeça”, foi responsável por romantizar a falta de saneamento básico e atrelar por décadas as mulheres ao dever de cuidar da casa.

Não é normal que um gênero seja o mais atingido pela falta de universalização de um serviço, que como o nome já diz, é básico. Contudo, são as mulheres quem mais sofrem com isso, segundo dados do Trata Brasil (instituto que atua no avanço do saneamento básico e na proteção dos recursos hídricos do país) divulgados em 2022.

É Maria, mas poderia ser Juliana, Eunice, Rudi, Marilene, Sandra, Aline, Elaine, Monica, Ana Lucia e outras quase 16 milhões de mulheres brasileiras sem acesso à água tratada. Elas são as mais prejudicadas pela falta de saneamento, onde 38% não têm coleta de esgoto em casa. O acesso reduziria em 64% as doenças ginecológicas e aumentaria a renda em 30%. Tirar as latas d’água dessas e de muitas outras mulheres é promover a igualdade de gênero.

“São as mulheres que têm o maior contato com a água, seja para os afazeres domésticos ou o cuidado com os filhos. A maioria dos lares é conduzida por elas, que são as maiores prejudicadas com a falta de saneamento, que acarreta doenças de veiculação hídrica, maior incidência de faltas à escola e ao trabalho. Águas do Rio tem muitas dessas pessoas mapeadas em programas, como o “Afluentes”, que lida diretamente com as lideranças comunitárias, e o “Vem Com a Gente” (que atua no avanço do saneamento, recuperando as estruturas existentes de água, regularização de cadastro e inclusão na tarifa social, quando aplicável) e busca essas mulheres para que elas participem do que está sendo feito para construirmos o futuro”, ressalta Letícia Tavares, gerente executiva de Resíduos Sólidos da Aegea, grupo ao qual a Águas do Rio pertence.

Moradora de Japeri, na Baixada Fluminense, Marília Januária é uma das milhares de mulheres que receberam água tratada encanada pela primeira vez em 2023. Antes, ela tinha que puxar água com uma bomba do rio para abastecer sua casa. Agora que não tem mais essa preocupação pode, após viajar duas horas e 20 minutos do trabalho para casa, tomar um banho relaxante e ter seu merecido descanso ao fim do dia.

No último ano, nessa região da Baixada, cerca de 30 mil pessoas foram beneficiadas com melhorias no Booster (sistema de bombeamento) Engenheiro Pedreira. “Antes era uma correria, tinha que ir até o rio, botar bomba, tirar, botar a borracha, que soltava… Graças a Deus eu não tenho mais essa preocupação, agora tem água à vontade, maravilha!”, conta Marília Januária.

A falta de água encanada atrapalha muito o dia a dia dos cidadãos, em especial mulheres e crianças, que são mais acometidas por doenças de veiculação hídrica, vindo até a óbito, de acordo com estudo feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Além disso, segundo um levantamento do Instituto Água Sustentável, a educação das crianças é ainda mais prejudicada e cerca de 443 milhões de dias escolares são perdidos todos os anos por doenças relacionadas à água.

Para Letícia Tavares, é preciso incorporar a perspectiva de gênero no abastecimento de água e serviço de esgoto de forma a entender como a população feminina é, especificamente, afetada por essas questões.

“As mulheres são as grandes atingidas pela falta de saneamento, mas não só elas. A família toda é impactada. E com o surgimento dos problemas de saúde, por exemplo, a economia também sofre impacto. No final, todo o ecossistema é prejudicado”, alerta Letícia.

Rio de Janeiro (Centro e zonas Norte e Sul), Japeri e Queimados

Postado por paintbox em 21/dez/2023 - Sem Comentários

A Águas do Rio informa, nesta quinta-feira (21/12), que um outro vazamento identificado na área de atuação da concessionária Rio+Saneamento, na Zona Oeste do Rio, afeta a distribuição de água tratada no Centro e zonas Norte e Sul da Capital e nos municípios de Japeri e Queimados, na Baixada Fluminense.

Nesta quarta-feira (20/12), um vazamento na área desta concessionária também impactou o abastecimento nas regiões onde a Águas do Rio é responsável pelo serviço, sendo reduzido o fornecimento no município do Rio e em Nilópolis e São João de Meriti. O reparo foi concluído na madrugada de hoje, e o fornecimento nestes dois municípios da Baixada entrou em processo de normalização gradativa. Contudo, em função desta segunda ocorrência, a distribuição de água seguirá comprometida no Rio e foi afetada nos municípios de Japeri e Queimados.

Regiões impactadas:

  • Rio de Janeiro: Centro e zonas Norte e Sul
  • Japeri: Alecrim, Bananal, Cajuri, Caramujos, Das Granjas, Delamar, Dos Eucaliptos, Engenheiro Pedreira, Marajoara, Mucajá, Parque Guandu, São Cosme e São Damiao, São Jorge, Vila Central e Vila São João
  • Queimados: Coimbra, Marajoara, Parque Industrial, Sarandi, Santa Rosa, Santo Expedito, Valdariosa e Vista Alegre

A concessionária esclarece que a normalização do abastecimento nas regiões afetadas por esta segunda ocorrência se dará, de forma gradativa, após a conclusão do reparo realizado pela Rio+Saneamento, cujo término está previsto para esta sexta-feira (22/12).

A Águas do Rio orienta os seus clientes comerciais e residenciais a reservarem a água de cisterna e caixas d’água para as atividades prioritárias, até a regularização do fornecimento, e ressalta que segue à disposição pelo 0800 195 0 195, disponível para ligações gratuitas e mensagens via WhatsApp.

Bairros de São João de Meriti passam a ter água todos os dias após universalização do abastecimento

Postado por paintbox em 21/dez/2023 - Sem Comentários

Melhorias feitas pela Águas do Rio tornam possível o sonho de moradores de Coelho da Rocha e Éden

A dificuldade em conseguir água tratada é tão antiga na vida das irmãs Sueli e Beth Pires, que as duas desenvolveram formas criativas para economizar esse bem essencial a vida, como colocar panos sobre as bacias com água para evitar evaporação. Sabiam de cor o dia e hora que ‘caia água da rua’ e, afirmam, aprenderam até a prever a chuva. Tudo para armazenar cada gota nos afazeres domésticos. Talvez o dom seja único das irmãs, já os problemas de falta d´água, esses sim, eram compartilhados por todos os vizinhos do Éden, bairro onde vivem em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, que junto com região de Coelho da Rocha recebeu melhorias operacionais da Águas do Rio, permitindo a universalização do abastecimento para cerca de 118 mil pessoas.

“Nasci e fui criada neste lugar. Antigamente, tínhamos que encher baldes nas bicas de moradores de outros bairros. Passamos muitas dificuldades. Mas, de um tempo para cá, a água tem chegado com boa qualidade todos os dias. Estamos muito satisfeitos vendo essa mudança acontecer”, comemorou Sueli Pires de Souza, moradora da Rua Roberto Silveira.

As principais melhorias foram feitas nas estações elevatórias, responsáveis pelo bombeamento da água nas redes de distribuição. Além disso, um trabalho contínuo de combate a vazamentos também contribuiu para equalizar as pressões nas redes. A concessionária estima que, desde o início das operações, foram realizados em torno de 4,4 mil reparos na rede de água no município de São João de Meriti, sendo 15% nas regiões de Coelho da Rocha e Éden.

“Fizemos ajustes técnicos em duas elevatórias, que realizam o bombeamento da água para nossos reservatórios, tornando possível levar esse recurso para mais lugares e com maior pressão até as residências e estabelecimentos comerciais. Os reservatórios agora operam 24h por dia atendendo de forma ininterrupta dois bairros historicamente críticos de abastecimento”, explicou o diretor-executivo com atuação na Baixada Fluminense, Marcello Dall ‘Ovo.

Para o microempreendedor Wladimir de Jesus Santana, os tempos difíceis já ficaram para trás. “A água parava de chegar em nossas residências logo após o almoço e só voltava no dia seguinte.  Agora está vindo todos os dias e muito forte. Ficar sem água é muito complicado, né? Principalmente em dias de muito calor. O pessoal da Águas do Rio está caprichando”, disse ele.

Ainda no bairro Éden, em 2022, a empresa implantou 130 metros de rede de água na Avenida Goiânia, ampliando o abastecimento para mais de 2.600 pessoas que vivem na região.

Entre as ações de melhorias, Águas do Rio vai continuar aumentando a capacidade bombeamento nas redes de distribuição de água tratada e já está planejada a instalação de 10 novos boosters (sistema de bombeamento), nos bairros Vila Tiradentes, São Mateus, Éden, Agostinho Porto, Parque Araruama, Parque Alian, Vila São João, Jardim Meriti e Jardim Botânico. Esses investimentos vão beneficiar mais de 45 mil pessoas diretamente.

“Em breve, teremos uma cidade com abastecimento universalizado, com água tratada diariamente em suas torneiras. Isso significa a prestação eficiente de um serviço vital para a saúde e bem-estar da população. É esse propósito que nos move”, concluiu Dall ‘Ovo.

Belford Roxo

Postado por paintbox em 20/dez/2023 - Sem Comentários

A Águas do Rio informa que o fornecimento de água tratada em partes de Belford Roxo, Baixada Fluminense, precisou ser interrompido, nesta quarta-feira (20/12), para viabilizar uma intervenção emergencial na rede de distribuição. A previsão é que o abastecimento seja normalizado, de forma gradativa, a partir da manhã desta quinta-feira (21/12).

  • Regiões afetadas: Andrade Araújo, Itaipu e partes de Areia Branca, Heliópolis, São Francisco de Assis e Shangri-lá (partes)

A concessionária orienta os seus clientes a reservarem a água de cisternas e caixas d’água para atividades prioritárias, até a regularização do fornecimento, e ressalta que segue à disposição através do 0800 195 0 195, disponível para ligações gratuitas ou mensagens via WhatsApp.

Elevatória centenária passa por manutenção para melhorar o abastecimento de água na Pavuna

Postado por paintbox em 20/dez/2023 - Sem Comentários

Águas do Rio trabalha para modernizar Sistema Acari, cujas adutoras foram construídas entre 1877 e 1909

Com a esperança de ter água potável todos os dias nas torneiras de casa, moradores do Conjunto Médici, na Pavuna, Zona Norte do Rio de Janeiro, celebram a iniciativa da Águas do Rio em recuperar a Elevatória de Acari, uma estrutura centenária e responsável pelo abastecimento daquela região da cidade. De acordo com informações publicadas no site da Cedae, as adutoras do Sistema Acari foram construídas entre 1877 e 1909, após estudos do engenheiro Antônio Rebouças.

O trabalho de funcionários da concessionária na elevatória começou em junho, quando equipes operacionais passaram a atuar na modernização do sistema hidráulico, com a automação do conjunto de bombeamento da unidade. Agora, com o fluxo da água direcionado para a rede de distribuição, a expectativa é que haja regularidade no fornecimento.

“Hoje existem tecnologias de automação mais modernas que atendem as atuais configurações hidráulicas necessárias para o funcionamento desta unidade. Desativamos o antigo sistema, usado para equilibrar as pressões da água, e agora a água vai direto para a rede das ruas, sem que seja necessário usar essa obsoleta torre de equilíbrio do reservatório”, explicou o gerente de Operações Fábio Dias.

Segundo moradores, a Elevatória de Acari, regularmente, apresentava problemas por falta de manutenção, fazendo com que a população local tivesse o abastecimento de água sempre escasso.

“Essa elevatória tem quase 116 anos. Há 19 anos, participei de uma reportagem para falar sobre a condenação dela e os danos causados exatamente pela falta de manutenção”, afirmou o comerciante Edmilson Ricardo.

O líder comunitário Wilson Borges Leitão, que faz parte do Programa Afluentes da Águas do Rio, é morador do Conjunto Médici desde que nasceu e conta que, mesmo antes desta manutenção, as melhorias feitas desde que a empresa assumiu a concessão já estavam sendo percebidas.

“Tínhamos um problema sério na elevatória de baixo. E, quando a Águas do Rio chegou, ela nos procurou para tentar entender esse problema que se arrastava há anos. Graças a Deus, a concessionária atendeu aos pedidos dos moradores daqui de uma forma que ninguém acreditava. Creio que depois dessa obra não falte mais água”, disse Wilson.

Edmilson Ricardo também confirma as mudanças citadas pelo líder comunitário e espera que, após o fim da obra, a falta de água seja um problema solucionado.

“Não falta mais água como antigamente, e a nossa esperança é que o abastecimento na região seja finalmente regularizado”, comentou.

São Gonçalo, Itaboraí, Maricá (Inoã e Itaipuaçu) e a Ilha de Paquetá, na Capital Fluminense

Postado por paintbox em 20/dez/2023 - Sem Comentários

A Cedae informou que, devido a uma falha elétrica interna, a operação do Sistema Imunana-Laranjal, sob sua gestão, ficou interrompida das 9h15 às 9h52 desta quarta-feira (20/12). A ocorrência gerou impactos na distribuição de água realizada pela Águas do Rio nos municípios de São Gonçalo, Itaboraí, Maricá (Inoã e Itaipuaçu) e na Ilha de Paquetá, na Capital Fluminense.

A normalização do abastecimento nestas localidades ocorrerá, de forma gradativa, assim que for restabelecida a produção integral de água tratada no Sistema Imunana-Laranjal, ação prevista até às 15h de hoje, conforme explicou a companhia estadual em comunicado.

Até que o fornecimento seja plenamente regularizado, a concessionária orienta os seus clientes residenciais e comerciais a reservarem a água de cisternas e caixas d’água para as atividades prioritárias, adiando atividades que demandem alto consumo.

A Águas do Rio segue à disposição através do 0800 195 0 195, disponível para ligações gratuitas e mensagens via WhatsApp.

Rio de Janeiro (Centro e zonas Norte e Sul), Nilópolis e São João de Meriti

Postado por paintbox em 20/dez/2023 - Sem Comentários

A Águas do Rio informa que, nesta quarta-feira (20/12), um vazamento na área de atuação da concessionária Rio+Saneamento afetou a distribuição de água tratada em partes da Zona Norte, Zona Sul e Centro do Rio e dos municípios de Nilópolis e São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

O abastecimento, que está reduzido, será normalizado, de forma gradativa, após a conclusão do serviço da Rio+Saneamento.

Regiões afetadas:

  • Baixada Fluminense: Nilópolis e São João de Meriti
  • Capital: Estácio, Catumbi, Centro, Catete, Glória, Lapa, Gamboa, Saúde, Santo Cristo, Flamengo, Caju, Benfica, Laranjeiras, Estácio, São Cristóvão, Acari, Barros Filho, Bonsucesso, Cavalcante, Coelho Neto, Colégio, Complexo do Alemão, Cidade Universitária, Del Castilho, Engenho Da Rainha, Engenho De Dentro, Guadalupe, Higienópolis, Honório Gurgel, Ilha do Governador, Irajá, Jacaré, Jacarezinho, Manguinhos, Marechal Hermes, Pavuna, Parque Columbia, Ramos, Rocha Miranda, Tomás Coelho, Vila Kosmos e Vicente De Carvalho.

A concessionária orienta clientes comerciais e residenciais a reservarem água de cisterna e caixas d’água para atividades prioritárias neste período, e ressalta que segue à disposição pelo 0800 195 0 195, disponível para ligações gratuitas e mensagens via WhatsApp.

Duas Barras

Postado por paintbox em 19/dez/2023 - Sem Comentários

A Águas do Rio, informa que, na próxima quinta-feira (21/12), será realizada uma manutenção preventiva na Estação de Tratamento de Água (ETA), responsável pela produção de água tratada em Duas Barras.

Durante a realização do serviço, previsto para ser executado das 09h às 14h de quinta-feira, o abastecimento na região poderá ficar comprometido. A previsão é que o fornecimento de água tratada seja normalizado, de forma gradativa, após o término do trabalho.

A concessionária orienta os moradores a fazerem reserva de água e adiarem atividades de alto consumo até a normalização do abastecimento.

A Águas do Rio agradece a compreensão e ressalta que permanece à disposição para ligações e WhatsApp pelo número 0800 195 0 195.

Águas do Rio dá início a obras no sistema de tratamento de esgoto em Nova Iguaçu

Postado por paintbox em 19/dez/2023 - Sem Comentários

Intervenções vão beneficiar cerca de nove mil pessoas no Centro e K11

Com o objetivo de modernizar o sistema de tratamento de esgoto sanitário em Nova Iguaçu, a Águas do Rio deu início a duas frentes de trabalho na cidade da Baixada Fluminense. E o K11 é o primeiro bairro a receber as obras de extensão de rede e de implantação da Estação Elevatória de Esgoto (EEE) na região. Cerca de nove mil pessoas do K11 e do Centro serão beneficiadas com essas intervenções.

“A estação elevatória será uma construção subterrânea. Terá um sistema moderno de monitoramento do fluxo e vazão do esgoto, que será acompanhado em tempo real pelas nossas equipes do Centro de Operações Integradas (COI)”, explicou Maicon Costa, gerente de Engenharia da concessionária.

Além da elevatória, serão instalados 14 km de rede de esgoto garantindo a eficiência operacional do sistema. As obras no K11 têm previsão de conclusão para o primeiro trimestre de 2025. 

Saiba um pouco mais sobre o sistema

O esgoto é composto por toda a água que passa pelos encanamentos de imóveis após atividades domésticas, comerciais e industriais. Ou seja, é todo o material que a população produz utilizando água e que é despejada em pias, vasos sanitários, chuveiro e ralos.

O tratamento do esgoto é importante para a preservação do meio ambiente, pois os resíduos encontrados podem contaminar rios, lagos, represas e mares. Além disso, o saneamento básico reduz a incidência de doenças causadas por veiculação hídrica, como cólera e leptospirose, além de ter impacto na valorização imobiliária.

Tecnologia aliada ao tratamento e coleta

Uma Estação Elevatória de Esgoto (EEE) é uma instalação que tem papel importante nos locais com desnível de solo, porque transfere o esgoto de um ponto mais baixo para outro mais elevado, onde ocorre o tratamento de forma adequada. O esgoto destes pontos da cidade será tratado na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Sarapuí.

Dignidade conquistada: após 40 anos, comunidade de Acari vê saneamento básico chegar à região

Postado por paintbox em 19/dez/2023 - Sem Comentários

Dona Maria Amélia adora plantas. Mas, durante muitos anos, a porta de sua casa, que poderia ter um jardim, era ocupada por uma paisagem bem menos agradável. Por ali, corria um esgoto a céu aberto que, além do intenso mau cheiro, atraía convidados indesejáveis: ratos e insetos. 

“O cheiro era horrível. Os ratos faziam buracos no pé do muro, onde o esgoto passava. E eles vinham para cá, eu tinha que colocar pano debaixo da porta, para eles não entrarem para dentro de casa. E, no verão, era ainda pior, ficava cheio de ratos aqui. E fedia… Eu vivia com as janelas fechadas, não podia abrir nada. Horrível! Já me deu vontade até de sair daqui, mas eu não tinha para onde ir”, lembra com tristeza a dona de casa.

“Em 1983, vim para cá. Dia 14 de setembro. E sempre foi assim, era o morador mesmo que colocava a tubulação. Antes das obras da Águas do Rio, eu nunca tinha visto o esgoto indo para uma rede adequada. Agora ficou legal, 100%. Está aprovado”, comemora.

Maria Amélia e Geraldo estão entre os cerca de mil moradores de Acari beneficiados com a implantação do sistema de esgoto, que inclui a recuperação de elevatórias – estações de bombeamento – que estavam inoperantes e foram reativadas. O trabalho também foi realizado em outros 12 boosters de comunidades da região, sendo oito em Vigário Geral e quatro em Parada de Lucas.

Ali perto, em Ramos, na comunidade Parque União (que integra o Complexo da Maré) foram implantados 85 metros de rede de esgoto e poços de visita. Além disso, um trecho da rede foi remanejado, permitindo sua interligação à rede coletora da comunidade. Com essa intervenção, 216 pessoas foram beneficiadas. Já na Nova Holanda, a substituição de um trecho de rede beneficiou 200 pessoas. E no Morro do Timbau, a extensão da rede de esgoto foi benéfica para 360 pessoas.

“Resolvemos um problema que durava mais de quatro décadas e é muito gratificante saber que mudamos, para melhor, a vida de tantos moradores.  O nosso trabalho continua para levar mais qualidade de vida a outras pessoas”, disse o coordenador de Operações da Águas do Rio, Heverton Oliveira.

A todos que chegam, uma orgulhosa Maria Amélia mostra seu jardim. “Agora tenho um monte de plantas, um jardim cheio delas. Estou feliz, graças a Deus. Gostei!”, celebra.