Postado por [email protected] em 07/abr/2025 - Sem Comentários
A Águas do Rio informa que equipes atuam, nesta segunda-feira (07/04), em um serviço no sistema de distribuição de água no bairro do Maracanã. Devido às condições adversas encontradas e a complexidade do trabalho, realizado com um tubo com 1,5 metros de diâmetro, a previsão é que o serviço seja concluído até o final da tarde de hoje.
Em função desta ocorrência, há redução do fornecimento de água tratada em pontos das zonas norte e sul da cidade do Rio de Janeiro.
O abastecimento nas regiões afetadas entrará em processo de recuperação gradativa após o término do reparo, podendo levar cerca de 72 horas para ser normalizado, principalmente nas áreas elevadas e nas pontas das redes de distribuição.
Regiões afetadas: Botafogo, Catumbi, Cosme Velho, Flamengo, Laranjeiras, Leme, Maracanã, Praça da Bandeira, Rio Comprido, Santa Teresa, Urca, partes do Andaraí, Tijuca, Vila Isabel e São Francisco Xavier.
Postado por [email protected] em 17/mar/2025 - Sem Comentários
Implantado pela Águas do Rio em parceria com o biólogo Mario Moscatelli, projeto já removeu cerca de 150 toneladas de lixo do ecossistema
A capivara que até um ano atrás raramente era vista no mangue do Caju, na Zona Portuária do Rio, agora surge em grupos, assim como aves típicas dos manguezais e até caranguejos das espécies Uçá e Guaiamum. Os sinais de recuperação da fauna daquele ecossistema têm um motivo: a criação de um berçário ecológico no entorno da maior estação de Tratamento de Esgoto do estado do Rio de Janeiro, a Alegria, que fica próxima à Linha Vermelha e ao Aeroporto Internacional Tom Jobim. O projeto, implantado pela Águas do Rio em parceria com o biólogo Mario Moscatelli, completa um ano com resultados surpreendentes. O plantio de quatro mil mudas de mangue-vermelho em uma área de cinco mil metros quadrados, transformou o cenário de acúmulo de lixo em cinturão verde, com a retirada, até o momento, de cerca de 150 toneladas de detritos dos manguezais em recuperação e da zona de ampliação do plantio.
Idealizado para marcar o mês em que é celebrado o Dia Mundial da Água (22 de março), o projeto de recuperação e ampliação do manguezal, que conta também com ações permanentes de limpeza e proteção contra o acúmulo de lixo, ainda tem muito trabalho pela frente e um objetivo audacioso: revitalizar 8,2 hectares de área degradada, o equivalente a oito campos de futebol do tamanho do Maracanã. No total, 13,5 mil mudas de mangue vermelho serão plantadas no local, de forma gradativa.
Para Caroline Lopes, gerente de Meio Ambiente da Águas do Rio, os bons frutos do berçário vêm contribuindo também para a recuperação da Baía de Guanabara, além de servir de inspiração para outras soluções inovadoras voltadas para a proteção ambiental.
“Estamos unindo a engenharia cinza com a engenharia verde, acelerando a recuperação de um ecossistema vital que sustenta a fauna marinha e beneficia as comunidades que dependem da pesca”, destaca a gerente.
A revitalização do Mangue Alegria faz parte do compromisso da Águas do Rio em contribuir para a recuperação da Baía de Guanabara. Até 2033, a concessionária vai investir R$ 19 bilhões em saneamento básico no estado. Com todas as ações previstas, cerca de 1,3 bilhão de litros de esgoto deixarão de desaguar diariamente naquele cartão-postal do estado. Em três anos de operação, a empresa já aplicou R$ 4 bilhões em sua área de operação.
Manguezal: o ‘herói’ da natureza
O manguezal é conhecido por ser um berço de peixes e crustáceos e desempenha papel fundamental para a vida marinha e qualidade da água do mar. O ecossistema atua também como um verdadeiro filtro natural, purificando a água contaminada por esgoto e metais pesados, além de ter a capacidade de sequestrar quatro vezes mais carbono do que qualquer outro tipo de floresta, amenizando o efeito estufa.
“Os manguezais funcionam como um reservatório natural de carbono e proteção da costa em relação ao aumento do nível do mar, além de desempenharem um papel crucial na manutenção da biodiversidade”, resume Moscatelli.
O biólogo frisa que o Mangue Alegria, antes considerado um “lixão”, agora começa a mostrar sinais de recuperação. “A fauna vem apresentando indícios de retorno, com a volta das capivaras, aves típicas dos manguezais e os caranguejos. A biodiversidade vai se expandir progressivamente à medida que a recuperação e a ampliação do manguezal avançam. Em quatro anos, teremos florestas com 4 a 5 metros de altura, onde antes só havia lixo”, conta o especialista, que sempre enfatiza a importância de a população contribuir com a preservação ambiental, praticando o descarte correto do lixo.
Projeto Mangue da Alegria
Em 2023, o projeto Mangue Alegria começou com a inauguração de um canteiro de mudas nativas (mangue vermelho), mantidas por quase um ano enquanto a área de plantio era preparada. Nesse período, toneladas de lixo foram removidas para dar lugar à nova floresta.
Para Moscatelli, as ações de revitalização na região, comprovam que mesmo que o ambiente seja agressivo, é possível recuperá-lo e gerar importantes nichos para diversas espécies e animais nativos.
“Já é possível perceber que a vegetação tem condições ideais para se multiplicar, a partir das sementes que caem no solo e produzem novas mudas. Quando fazemos nossa parte, a natureza faz a dela”, afirma.
Postado por [email protected] em 05/set/2024 - Sem Comentários
Equipamentos aumentam a pressão no sistema, ajudando a levar o recurso a pontos onde antes não chegava com força e frequência
A implantação de 12 unidades de bombeamento de água na Zona Norte carioca já beneficiou 137 mil pessoas desde novembro de 2021, quando a Águas do Rio assumiu os serviços de saneamento em 27 cidades fluminenses – na capital, são 124 bairros atendidos. Até o fim do ano, a previsão é que pelo menos outros cinco equipamentos semelhantes entrem em funcionamento, melhorando o fornecimento para mais sete mil moradores de Honório Gurgel, Marechal Hermes, Vila Valqueire, Cordovil e Parada de Lucas.
De acordo com a concessionária, a escolha das localidades foi baseada em um estudo técnico, que apontou ruas que demandam de uma maior pressão no sistema.
“O objetivo é que essas pessoas não sofram mais com o desabastecimento causado pela baixa pressão. Os boosters, como são chamadas essas bombas, auxiliam no transporte da água pelas tubulações, principalmente para as regiões mais altas. Sabemos que mais água nas torneiras é sinônimo de saúde, bem-estar e qualidade de vida. E transformar vidas é o nosso propósito”, afirmou Fábio Dias, gerente de Operações da empresa.
Ainda segundo a Águas do Rio, a expectativa é que famílias desses bairros, após anos usando baldes e galões para abastecer suas residências, possam viver sem essa angústia. Desde criança, Verônica dos Santos mora na mesma casa da Rua Igaratá, em Marechal Hermes. A secretária, de 34 anos, lembrou do drama que a incomoda desde a infância:
“Muitas vezes tive que ficar acordada de madrugada tentando encher a caixa. Geralmente, lavo minhas roupas na casa de um parente e, quando a água cai aqui em casa, eu priorizo o banho do meu tio, que é acamado e mora comigo. Para manter a casa limpa, uso a água que sai da máquina para lavar o quintal. Espero que, com a instalação da bomba, essa realidade mude”, disse ela.
Banho de caneco nunca mais
Uma obra que acabou de vez com a necessidade de transportar baldes de água pra cima e pra baixo. É desta maneira que Geralcino da Silva, de 86 anos, se refere ao trabalho da Águas do Rio realizado em fevereiro na Rua Cintra, na Penha Circular.
“Moro na Rua Guatemala há 58 anos, e a questão da água aqui na rua era complicada. Quando caía, não era suficiente para encher as caixas, nem usando bomba caseira. Eu tomava banho no trabalho e trazia duas latas grandes de água para fazer as atividades de casa. Depois da instalação da bomba na Rua Cintra, nunca mais precisei tomar banho de caneco”, disse o idoso.
No final do ano passado, moradores de Vigário Geral também começaram a notar que o fornecimento de água melhorou. O motivo: a instalação de um booster na Praça Itapitanga. As torneiras secas em alguns pontos do bairro causaram até uma situação inusitada no dia a dia do casal Jorge Luiz Pereira e Suellen.
“Temos uma peixaria e, como o abastecimento era irregular na nossa casa, levamos a máquina de lavar até a loja para poder lavar roupas. Depois da obra, passamos a ter água todos os dias e levamos a máquina de volta pra casa. Nunca mais precisamos carregar galões de água também”, disse Jorge, que mora em Vigário Geral desde que nasceu, há 37 anos.