Notícia
Fiscalizações contra o despejo irregular de esgoto, a limpeza do Interceptor Oceânico e a recuperação de estruturas começam a dar resultados
Em apenas um ano e quatro meses de atuação, as ações promovidas pela Águas do Rio, voltadas à recuperação das estruturas de esgotamento sanitário na capital fluminense, já alcançaram resultados significativos para o meio ambiente. O fato foi divulgado pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA), nesta terça-feira, 27, que indicou uma redução de 90% dos coliformes termotolerantes, ou seja, de esgoto, nas águas da Praia de Botafogo, entre os anos de 2021 e 2022.
De acordo com as normas de balneabilidade estabelecidas pelo instituto, a praia para ser considerada própria para o banho deve possuir no máximo 1 mil NMP (Número Mais Provável) de coliformes termotolerantes a cada 100 ml de água. Esse resultado precisa ser constatado em pelo menos quatro das cinco últimas coletas feitas pelo órgão. Isso aconteceu na praia de Botafogo, que, em 2022, passou de cerca de 16 mil para 790 NMP por 100 ml em um dos pontos monitorados.
A drástica redução dos níveis de coliformes, por períodos cada vez mais longos, é resultado de uma série de ações da concessionária, como a fiscalização constante de despejo irregular de esgoto na zona sul da cidade. Desde que os agentes começaram a busca por edificações que descartam efluentes em galerias pluviais, rios, canais e mar, em setembro de 2022, mais de 13 piscinas olímpicas de esgoto, por mês, deixaram de desaguar nas praias da região.
“Desde o início da operação sabíamos do tamanho do desafio, mas estabelecemos um planejamento consistente para o cumprimento de metas. Esse levantamento do Inea demonstra o início do trabalho que estamos desenvolvendo. Ter a informação concreta de que estamos obtendo resultados é motivador e mostra que seguimos no caminho certo para contribuir com o desenvolvimento do meio ambiente, com a saúde dos cariocas e, além disso, estamos cooperando para devolver ao Rio de Janeiro toda a sua vocação com turismo e lazer”, destacou o superintendente da Capital da concessionária, Sinval Andrade.
Ações de limpeza
O resultado atual também está diretamente relacionado à limpeza do Interceptor Oceânico. No último dia 14, a Águas do Rio concluiu a “faxina” de todo o coletor, realizada pela primeira vez em 52 anos de existência. Cerca de 2 mil toneladas de resíduos foram removidas do túnel de 9km de extensão, que vai da Glória a Copacabana, devolvendo sua capacidade plena, além da possibilidade de receber mais esgoto e ainda evitar a recorrência de extravasamentos. E isto tem impacto direto nos rios Banana Podre e Berquó, que correm em direção à enseada de Botafogo.
Em 2022, a empresa realizou outra importante limpeza. Dessa vez, na rede de esgoto de um dos polos gastronômicos de Botafogo, retirando cerca de 4 toneladas de dejetos. A ação desobstruiu o sistema local e evitou que o esgoto continuasse a vazar em rios ou galerias de águas de chuva, que têm como destino final a praia.
Nova Estação Elevatória de Esgoto
A concessionária também implantou uma nova estação elevatória de esgoto – unidade de bombeamento – na Praça do Índio, no Flamengo, que desvia para o interceptor oceânico aproximadamente 60 litros por segundo de esgoto que ia para a Baía de Guanabara, em um trecho entre as praias do Flamengo e de Botafogo. Essa mesma tubulação, por estar livre de toneladas de sujeira, agora também recebe as contribuições do Rio Carioca, que está sendo desviado de seu leito normal para evitar que aproximadamente 200 litros por segundo de água com contribuições ilegais de esgoto sejam despejados diretamente na Baía. A meta é acabar com os despejos irregulares e que o rio volte a desaguar, bem mais limpo, na baía.
Tecnologia a favor do meio ambiente
Através do Centro de Operações Integradas (COI), a Águas do Rio garante o funcionamento de todas as estruturas que compõem o sistema de esgotamento sanitário da Zona Sul do Rio, com monitoramento diário de estações elevatórias de esgoto, podendo atuar de forma rápida no acionamento de equipes operacionais diante de eventuais ocorrências.
Imagens: Projeto Olho Verde/Moscatelli