Notícia
Palestra faz parte do programa de diversidade da Aegea, o Respeito Dá o Tom
“Eu tenho 23 anos de saneamento. Passei por diversas empresas, até mesmo internacionais, e essa é a primeira vez que tenho a oportunidade de participar de um debate como esse.”
A fala emocionada é de Aleir Reis de Oliveira, um homem negro de 52 anos, Agente de Saneamento da Águas do Rio, durante um treinamento sobre letramento racial na Estação de Tratamento de Esgoto da Ilha do Governador. A palestra, ministrada pelo Instituto Identidades do Brasil (IDBR), faz parte do Programa Respeito Dá o Tom e está percorrendo todas as unidades da empresa e somente na capital carioca vai impactar mais de 2 mil pessoas.
Com o treinamento chamado de “ABC da Raça” os colaboradores puderam compreender as nuances do racismo estrutural que permeia a dinâmica social no país e levantaram temas importantes como as cotas raciais e colorismo.
“A gente entende que não dá para falar de racismo só em novembro, quando temos como marco do Dia da Consciência Negra. Esse é um tema que tem que estar presente no dia a dia de todos, porque afinal, o racismo se mostra em situações diárias e é muito valioso pra empresa que os nossos colaboradores estejam educados para lidar com esse assunto”, reforça Waleska dos Santos, Analista de Responsabilidade Social e membro do Comitê Respeito Dá o Tom.
O processo de letramento racial é um convite à mudança de pensamentos e atitudes que devem ser assumidos todos os dias, seja em casa ou no trabalho.
“Um cliente certa vez comentou durante um atendimento que tinha sido assaltado e usou o termo “neguinho” pra se referir ao assaltante. Aí eu questionei: mas senhor, a pessoa que roubou seu carro era preta?” E não era! Então, por que só o preto faz coisa errada?”, conta Aleir.
O Respeito Dá o Tom!
O Programa de diversidade racial da Aegea, holding da qual a Águas do Rio faz parte, foi lançado em 2017 com o objetivo de promover a equidade nas oportunidades de acesso, crescimento e desenvolvimento na empresa para pessoas negras. A Águas do Rio já implantou um programa de jovens aprendizes com foco em preenchimento de 100% das vagas para jovens negros e pardos e está trabalhando para aumentar em 10% a ocupação de pessoas negras em cargo de liderança.