Notícia
Ações para promover uma transformação social nessas regiões são discutidas durante o evento na Zona Portuária do Rio
Cerca de 700 favelas, sendo 525 só na capital. Esse é o número de comunidades na área de atuação da Águas do Rio. O trabalho para melhorar a qualidade de vida das pessoas que nelas vivem foi tema de painel no G20 Social, quinta-feira, 14, na Praça Mauá, Zona Portuária carioca. Ao longo dos três dias de evento, participaram milhares de representantes de governos, da sociedade civil e de movimentos sociais das 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana.
Mais de 852 iniciativas de organizações, empresas, grupos de trabalho, movimentos sociais, entre outros, foram inscritas para participar da programação do G20 Social, e 271 acabaram selecionadas. Uma delas foi a Águas do Rio. Na abertura da apresentação, o diretor-presidente da concessionária, Anselmo Leal, lembrou que construir relações próximas com as comunidades é essencial para a empresa fazer a diferença nas áreas vulneráveis das 27 cidades onde está presente. Para ele, ter o saneamento básico na pauta do G20 Social reforça a visão de que dignidade e cidadania começam com o acesso a esse serviço fundamental.
“Quando ganhamos o leilão, em abril de 2021, visitamos comunidades e vimos pessoas felizes, trabalhadoras e com um senso de coletividade único. Fomos atrás dessa potência e, hoje, metade do nosso quadro de funcionários mora em comunidade. Todo funcionário da Águas do Rio acorda com senso de dono do negócio. Aqui damos não apenas o primeiro emprego, mas capacitamos para que eles tenham uma carreira no saneamento. Nosso objetivo é deixar um legado”, afirmou Leal.
Em três anos de operação, cerca de 621 mil fluminenses tiveram acesso regularizado à água tratada pela primeira vez, o que representa um marco para a saúde pública e qualidade de vida em regiões mais vulneráveis. Além disso, aproximadamente 2,4 milhões de pessoas foram beneficiadas com a Tarifa Social, uma iniciativa que facilita o acesso ao saneamento para as populações mais carentes.
“A conta de água na Tarifa Social é um comprovante de residência e é entregue diretamente na casa das pessoas. Isso eleva a sensação de dignidade para esses clientes. Sabemos que, quando levamos esse serviço até a população, é muito mais do que saneamento; é cidadania”, disse Guilherme Campos, que está à frente da Superintendência de Comunidades da Águas do Rio.
Contato direto com as lideranças comunitárias
Boa parte da transformação pela qual está passando diversas comunidades fluminenses só foi possível por causa do Programa Afluentes, que criou o elo da empresa com as comunidades, investindo em relacionamento. A iniciativa reforça o compromisso da Águas do Rio com o bem-estar das comunidades, mantendo um canal de diálogo com mais de 6,2 mil líderes comunitários para atender melhor as demandas locais.
Mônica Medina, liderança na Rocinha, relatou no debate como o acesso à água é crucial. Ela lembrou o incêndio em sua casa há 20 anos, quando não havia água para conter o fogo, e ressaltou a importância do trabalho da concessionária nas favelas.
“Quando a Águas do Rio me inscreveu no Afluentes, achei que seria apenas um grupo de WhatsApp sem efetividade. Pensei isso até colocar uma demanda ali sobre esgoto, que uma equipe foi ao local e resolveu o problema. Foi ali que percebi que aquilo era um canal direto com a empresa e que a minha voz era ouvida. É um respeito inédito ao líder de comunidade”, disse ela.
Saiba mais sobre o G20 Social
A primeira Cúpula Social do G20 foi planejada ao longo deste ano para estimular o engajamento de entidades ou pessoas que não pertencem ao setor público (como empresas privadas, ONGs e movimentos sociais) na formulação de políticas e no desenvolvimento social.
A ideia dos organizadores era mostrar, durante os três dias do evento, novos caminhos para a construção de iniciativas que reflitam valores como justiça social, econômica e ambiental e a luta pela redução de todo tipo de desigualdade.
Na ocasião, a sede da Águas do Rio, que fica no Armazém 2 da Zona Portuária, foi usada como locação do G20 Social. No espaço, representantes sociais puderam fazer reuniões, e a sala de imersão da concessionária também ficou aberta para que os visitantes pudessem conhecer um pouco do trabalho realizado em 27 cidades fluminenses. Vários pontos de hidratação também foram espalhados por toda a área onde aconteceu o G20 Social.