Notícia
Exposição interativa “Baía em Movimento” começa nesta sexta (16/12), com patrocínio da Águas do Rio e do Instituto Aegea
“Muitos problemas afetam a Baía de Guanabara, mas recuperá-la é possível”. A frase faz parte da série de vídeos que compõem a nova exposição do Museu do Amanhã, “Baía em Movimento”, inaugurada nesta sexta-feira (16/12). A instalação promove uma viagem pela vida marinha local e reflexões sobre os desafios a serem superados nos próximos anos, como o despejo de esgoto e lixo. Patrocinada pela Águas do Rio e pelo Instituto Aegea, a intervenção marca o início das comemorações do aniversário do Museu do Amanhã, que completa sete anos neste sábado (17/12).
Para o diretor da Águas do Rio com atuação na capital, Sinval Andrade, a exposição tem como objetivo mobilizar a sociedade para que ela se inspire e se engaje no movimento de regeneração da Baía de Guanabara. “Isso é importante porque nós, como concessionária de saneamento básico, faremos nossa parte, evitando que milhões de litros o esgoto doméstico deságue nela, mas a gente precisa que esse trabalho seja conjugado com a gestão adequada de resíduos sólidos, programas habitacionais e a conscientização da própria população sobre seu papel nessa jornada”, falou Sinval..
Baía em Movimento
Em um vídeo wall são transmitidas imagens subaquáticas da pulsante vida marinha da baía, com tartarugas, peixes e arraias. Por meio de uma maquete com sua bacia hidrográfica, também é possível conferir o relevo e suas ondulações, a malha de rios que desaguam ali, sua vegetação original e áreas urbanizadas. Já em painel interativo, o público tem acesso a depoimentos de especialistas, ativistas, além de fotos de períodos diversos.
A instalação está localizada no final da exposição principal, na ponta do Museu do Amanhã, onde visitantes param para tirar fotos de uma das mais belas paisagens do mundo.
“Nos demos conta de que a maioria dos visitantes não sabia que isso aqui é a Baía de Guanabara. Agora sinalizamos que estamos nela, damos informações interessantes e uma perspectiva única do trabalho de pesquisadores e líderes comunitários que estão fazendo a diferença trabalhando todo dia para transformar a realidade da baía”, conta a coordenadora de exposições e conteúdos do Museu do Amanhã, Marina Piquet.
Nos próximos dois anos, as imagens que aparecem no vídeo wall serão atualizadas a fim de mostrar a evolução da qualidade da água, conforme o saneamento básico for avançando nos municípios do entorno da baía onde a Águas do Rio atua. O responsável pelas filmagens será o biólogo marinho e documentarista, Ricardo Gomes, que com mais de 30 anos de filmagens subaquáticas exclusivas, fez descobertas importantes como a do polvo pigmeu do Atlântico – que fez morada em uma latinha de refrigerante – e de espécies de corais de água turva, antes encontradas apenas em Pernambuco.
“As dores e belezas dessas imagens têm o objetivo de sensibilizar a população, despertando o sentimento de pertencimento à baía, transferindo nosso sonho de recuperá-la em uma experiência e esperança coletivas. Faremos isso tocando o coração das pessoas, mostrando a imagem de uma tartaruga verde, das raias embaixo das barcas da Praça XV, e, claro, do impacto do homem no meio ambiente. Esse projeto dá destaque para a seguinte premissa: temos mais chances de ver mudanças quando trabalhamos juntos”, conta o biólogo.
Contribuição direta da Águas do Rio
Nos próximos cinco anos, a concessionária irá investir R$ 2,7 bilhões na construção do cinturão de coleta de esgoto nos municípios do entorno da Baía de Guanabara, o que vai proteger e recuperar esse ecossistema. Dentro da área de concessão da empresa, oito cidades fazem parte da bacia da Baía de Guanabara: Belford Roxo, Duque de Caxias, Itaboraí, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Rio de Janeiro e São Gonçalo.