Notícia
Todos os selecionados vivem em comunidades, sendo 60% mulheres
“É uma porta maravilhosa que se abre para a gente. Tenho 19 anos, me viro desde os 16 para ajudar em casa e ter minhas coisinhas. Mas essa é a primeira vez que vou ter, enfim, um emprego formal. Estou muito feliz e vou agarrar essa chance de crescer”, diz Lorena da Silva Viana, um dos 75 jovens selecionados no primeiro Programa Jovem Aprendiz da Águas do Rio.
Todos os selecionados moram em comunidades e 60% são mulheres. Segundo Luana Fidalgo, coordenadora de RH da Águas do Rio, a empresa tem como premissa a inclusão social.
“Em nossos programas e processos seletivos temos o olhar voltado para a responsabilidade social, para a diversidade e a inclusão. Com este programa queremos ajudar na formação desses jovens, que nem sempre têm oportunidades, aumentando assim suas chances de inserção no mercado de trabalho formal”, afirma Luana.
Os aprovados no programa terão a carga horária de 6h por dia, receberão salário mensal, capacitação em um curso de aprendizagem em administração, além de assistência médica e odontológica, vale-transporte e vale-refeição.
Muitas histórias e um só desejo: realização profissional
Durante o processo de admissão, não faltaram sorrisos e falas de otimismo e esperança. “A educação é o caminho para a gente melhorar de vida. Eu não poderia depender só dos meus pais para conseguir tudo o que quero realizar. Por isso, sempre quis trabalhar para ter o meu dinheiro e investir nos meus sonhos. E eu sonho grande: um dia, quero ser médica. Trabalhar na Águas do Rio vai me ajudar a trilhar esse caminho”, afirma Marcella Lélis Lourenço, de 20 anos, moradora da comunidade do Salgueiro, em São Gonçalo.
Nayara Fernandes de Vasconcellos, de 20 anos, moradora da comunidade do Boaçu, também em São Gonçalo, estava bastante animada com a conquista. Já trabalha desde os 15 anos e chegou a ter carteira assinada, quando foi atendente de loja, mas diz que agora tem um sabor especial. “Trabalhava o dia todo e não conseguia investir em mim, sabe? Agora, não é um emprego qualquer. É uma empresa grande, que além do emprego e do salário, vai investir na nossa qualificação profissional. Estou muito empolgada e esperançosa com o que vem pela frente”, conta Nayara.
Já Luiz Filipe dos Santos, de 20 anos, da Vital Brazil, em Niterói, estava radiante com o primeiro emprego e a assinatura da carteira. Apaixonado por tecnologia, ele conta que sonha em fazer faculdade de TI. Com o salário de Jovem Aprendiz, vai poder pagar um cursinho de inglês e fazer pré-vestibular. “Vou dar o meu melhor para agarrar essa oportunidade e perseguir meu sonho de fazer TI. Quem sabe não entro Aprendiz e vou crescendo lá dentro da concessionária?”, fala, já abrindo um largo sorriso.
Lorena, moradora do Jacarezinho, que começou a trabalhar aos 16 anos, conta que na pandemia começou a fazer sacolé para ter alguma renda. Ao fim do mês, todo o esforço não lhe rendia lucro. “Foi uma fase bem difícil. Tirando tudo o que eu investia para fazer os sacolés, o dinheiro que sobrava era baixíssimo. Agora, tudo vai ser diferente. Nossa, nunca tive um salário desse nas mãos. Vai ser lindo!”, diz ela revelando ainda que um dia pretende fazer faculdade de Administração.