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Sede da concessionária, na Zona Portuária carioca, receberá escolas, universidades, entre outras instituições, para imersão na sala Baía de Guanabara e nos desafios do saneamento básico

Localizada no histórico Armazém 2, na Zona Portuária carioca, a sede da Águas do Rio se tornou um dos destinos do programa “Passaporte Cultural”, da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa. Na última sexta-feira (4/7), a concessionária assinou termo de parceria com o governo estadual e passará a receber estudantes de escolas e universidades públicas, organizações culturais comunitárias, entre outros grupos beneficiados pelo projeto. Com o compromisso firmado, a empresa se une a locais como Museu do Amanhã, AquaRio, Maracanã, Planetário e Theatro Municipal.

Criado em 2021, o programa amplia o acesso de pessoas de baixa renda a espaços culturais com ingresso gratuito a museus, casas de espetáculos, cinemas e exposições. Mais de 80 mil pessoas já tiveram acesso a esses locais, muitas vezes inacessíveis por falta de incentivo.  

Agora no circuito educacional e cultural, a sede da Águas do Rio conta com a sala Baía de Guanabara, espaço de imersão que, por meio de imagens da vida marinha desse ecossistema, explica a importância do  saneamento básico para o futuro do planeta. Grupos de crianças também poderão participar de uma série de brincadeiras com a temática da água.

Mais de 60 professores das redes municipais de Duque de Caxias e Magé, na Baixada Fluminense, marcaram a entrada da Águas do Rio no Passaporte Cultural e visitaram a concessionária. Na palestra de boas-vindas, o presidente da empresa, Alexandre Bianchini, chamou os educadores para serem multiplicadores da transformação. 

“Saneamento, saúde e educação formam a tríplice que faz um país ser ou não desenvolvido. E, no Brasil, muito pouco se fala sobre saneamento, talvez por isso temos hoje 35 milhões de pessoas sem acesso à água tratada e 100 milhões sem coleta de esgoto”, falou Bianchini. 

Para ele, incluir o tema no circuito educacional e cultural do país pode ser a chave para mudar essa realidade.

“Sem a ajuda dos professores, corremos sérios riscos de sermos mais uma geração que vai passar pelo planeta sem deixar um legado. Convido vocês para fazerem parte da mudança de paradigma, trazendo esse assunto para a sala de aula e para a vida dos alunos”, falou.

A secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa, Danielle Barros, destacou o papel crucial da educação na cultura. De acordo com ela, as visitas a espaços culturais, especialmente das crianças, devem ser mais do que apenas passeios:

“A ideia é que a gente tenha a capacidade de usar todo o conteúdo que aprendemos aqui, como saneamento e sustentabilidade, para trabalhar dentro e fora da sala de aula”, falou. 

Barros, que se disse surpresa ao saber que tantas pessoas não têm acesso à água tratada no país, enfatizou a necessidade de ampliar o debate nas escolas e espaços culturais do estado. “Estamos descortinando uma nova oportunidade de se aprofundar nesse tema e realmente transformar vidas. Essa geração precisa entender que a água não é só essencial, mas finita, e precisa fazer diferente”, finalizou.

Aprendendo para multiplicar 

Além de conhecer a sala de imersão e o Centro de Operações Integradas (COI) da empresa, o grupo de professores também teve acesso a uma série de jogos realizados em escolas da rede pública por meio do Programa Saúde Nota 10. As equipes de Responsabilidade Social da concessionária mostraram jogos de tabuleiro e outras brincadeiras, como a construção de uma cidade de garrafas PET e papelão, que explica o funcionamento do sistema de saneamento básico e importância do uso consciente da água.

Welverthon dos Santos, de 29 anos, professor  do 4º ano de uma escola de Magé, tirou fotos dos jogos para reproduzir em sala de aula. Ele se disse empolgado com tudo que aprendeu ali. “Depois de ver o que a empresa já fez em quase dois anos, fiquei esperançoso. A gente se sente mais confiante de que há esperança para a Baía de Guanabara e para as lagoas aqui ao nosso redor. Mas o mais importante: acho que tudo isso vai interessar muito meus alunos”, disse. 

Também animada com a possibilidade de levar sua escola de Magé na Águas do Rio, na qual é coordenadora pedagógica, Emanuela Glória de Jesus, de 24 anos,  afirmou estar encantada com a experiência. “Na minha área, a gente gosta de trabalhar na prática, não só na teoria. Sair do quadro, atividades no papel e isso aqui é simplesmente tudo que a gente precisa. Estou muito ansiosa para trazê-los aqui porque o impacto positivo é certo”, finalizou. 

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