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Ações de saneamento básico trarão ganhos em saúde, meio ambiente e produtividade de trabalhadores nos 27 municípios da concessão 

 

A universalização do saneamento nos 27 municípios que fazem parte da concessão da Águas do Rio, nos próximos 35 anos, vai gerar um ganho líquido para a população de R$ 37 bilhões. A conclusão é do estudo inédito do Instituto Trata Brasil, divulgado nesta quarta-feira (13/4), que traz uma abordagem ampla dos ganhos econômicos e socioambientais que o estado terá com a expansão dos serviços de água e esgoto durante o período de concessão dos blocos 1 e 4. No cálculo já estão descontados todos os investimentos que a população desses 27 municípios custeará, seja na forma das tarifas ou impostos pagos.

Prof. Fernando Garcia apresenta os ganhos socioeconômicos com o saneamento

O estudo foi apresentado no 1º Seminário Estadual de Saneamento e Meio Ambiente do Rio de Janeiro, promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), que acontece nesta quarta e quinta no auditório da Firjan, no centro da capital.

Estudo completo no site do Trata Brasil:

https://tratabrasil.org.br/pt/estudos/beneficios-economicos-e-sociais/itb/beneficios-economicos-e-sociais-no-rio-de-janeiro

Os pesquisadores se debruçaram sobre os números e calcularam os impactos que o acesso integral à água potável, coleta e tratamento de esgoto, previsto nos próximos anos, terá em diversos setores. De acordo com a análise, até 2056, apenas na área da saúde, o sistema público fluminense deve deixar de gastar R$ 101,4 milhões em internações causadas por doenças de veiculação hídrica, como desinteira, hepatite, além de diversos tipos de problemas respiratórios.

Atingindo a universalização do saneamento básico, o ciclo virtuoso continua: sem idas ao hospital, os fluminenses se afastariam menos do trabalho e das escolas. Isto gera impacto no rendimento profissional e no tempo de escolaridade, o que, em ambos os casos, impacta nos salários.

Os números apontam um crescimento na produtividade dos trabalhadores de R$ 65,2 milhões por ano, na área que abrange o Bloco 1, e de 77,3 milhões anuais no Bloco 4. Somando os valores, serão gerados R$ 4,9 bilhões na economia do estado do Rio de Janeiro até 2056. A expansão dos sistemas de água e esgoto também devem gerar 36 mil novos postos de trabalho, segundo o estudo.

Já os ganhos ambientais nos próximos anos, que incluem a recuperação da Baía de Guanabara, estão estimados em R$ 2,1 bilhões. O estudo aponta, ainda, uma geração de renda no setor de turismo no estado de mais de R$ 33,5 milhões por ano até 2056.

De acordo com o professor, economista e consultor a serviço do Trata Brasil, Fernando Garcia, o estado do Rio já começará a perceber os efeitos positivos destes investimentos, principalmente por conta dos impactos significativos na cadeia do saneamento e na construção civil. “Isso é especialmente oportuno para o Rio de Janeiro, que vem de um histórico de crise financeira”, frisou Fernando, lembrando, ainda, que este movimento tem efeitos de longo prazo. “Temos gerações que verão esta evolução e se beneficiarão diretamente, vivendo um tempo com mais saneamento, com outra realidade em termos educacionais, de saúde e de qualidade de mão de obra”, acrescentou.

Da esquerda para a direita: Fernando Garcia, Luana Pretto e Alexandre Bianchini

Para a presidente executiva do Instituto Trata Brasil, Luana Siewert Pretto, a universalização dos serviços de água e esgoto será um grande legado para 10 milhões de pessoas que vivem na área de abrangência dos blocos 1 e 4, com benefícios sociais, econômicos e ambientais.

“Somente para dois blocos, chegamos a um cálculo de benefícios socioeconômicos acima de R$ 37 bilhões, isso mostra o potencial que todo o estado terá quando avançarmos nos cálculos para os demais blocos. Investir em saneamento básico vai garantir um meio ambiente menos degradado e melhores condições de vidas para essas pessoas”, afirma Luana.

O presidente da Águas do Rio, Alexandre Bianchini, destacou a importância da parceria entre o público e o privado para que as projeções se tornem realidade. “Sozinhos os setores não têm como fazer os investimentos necessários no tempo que a população precisa e que o Marco Legal do Saneamento determina. E o Rio sai na frente neste cenário”.

O economista Fernando Garcia reconhece os efeitos desta sinergia. Segundo ele, o movimento de concessões de serviços em água e esgoto viabilizou as mudanças que estão sendo previstas: “As concessões que foram feitas viabilizaram este horizonte de universalização do saneamento e de melhoria grande da nossa qualidade de vida”.

Blocos 1 e 4

O Bloco 1 foi formado pelos municípios de Aperibé, Cachoeiras de Macacu, Saquarema, Tanguá, São Sebastião do Alto, Cambuci, Cantagalo, Casimiro de Abreu, Cordeiro, Duas Barras, ltaboraí, Rio Bonito, São Francisco de ltabapoana, São Gonçalo, Magé, Maricá e Miracema. Na capital está a Zona Sul.

O Bloco 4 foi constituído pelos municípios de Belford Roxo, Duque de Caxias, Japeri, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados e São João do Meriti. Na capital estão incluídos o Centro e a Zona Norte.

 

 

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