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Seminário reúne especialistas para debater os avanços na recuperação de um dos cartões postais mais bonitos do Rio

Uma oportunidade para a troca de conhecimento sobre a Lagoa Rodrigo de Freitas. Esse foi o objetivo do seminário “Mergulhando na Lagoa”, que aconteceu na sede da Águas do Rio, nesta quarta-feira (28), e reuniu cerca de 150 pessoas entre especialistas da área ambiental e convidados.

Durante o evento, a Águas do Rio apresentou as ações realizadas pela concessionária que refletiram na melhora da qualidade da água da lagoa. Desde que iniciou a operação do saneamento na Zona Sul carioca, a empresa vem recuperando todo o sistema de esgotamento sanitário da região. O trabalho incluiu a reforma das 13 elevatórias de esgoto no entorno da lagoa, responsáveis por bombear o efluente para o Emissário Submarino de Ipanema. Além disso, a empresa atua fortemente na fiscalização de despejo irregular na lagoa, canais e rios que a alimentam e a conectam com o mar.

“Em pouco tempo já temos resultados visíveis, com águas transparentes e vida animal cada vez mais abundante. Fizemos apenas o óbvio: colocamos o sistema já existente para funcionar em sua capacidade total, e isso retirou vazamentos de esgoto que acabavam na lagoa. O nosso trabalho continua ali com forte parceria de órgãos ambientais e iniciativas bem-sucedidas como a do biólogo Mario Moscatelli”, falou o superintendente da Águas do Rio responsável pela capital, Sinval Andrade, em sua apresentação.

Wanderson dos Santos, da Fundação Rio Águas, falou sobre o monitoramento da qualidade da água da lagoa feito em parceria com a Secretaria Municipal de Ambiente. Disponíveis no site da prefeitura, os boletins apontam melhora nos principais parâmetros de balneabilidade, como o volume de coliformes fecais e fósforo total, que reduziram a mortandade de peixes.

“Todo viam que esse fenômeno acontecia na lagoa. Hoje, a gente observa que não só a frequência, mas também a quantidade de peixes mortos diminuiu drasticamente nos últimos anos. Nos registros históricos, a nossa última grande mortandade aconteceu em 2019, quando foi preciso retirar 36 toneladas de peixes mortos. Há uma evolução clara”, afirmou.

A melhoria na água resulta em mais vida na Lagoa Rodrigo de Freitas. Peixes, caranguejos, capivaras e todo tipo de pássaro, vem se multiplicando nesse ecossistema e no manguezal que margeia o espelho d’água, plantado pelo biólogo Mário Moscatelli ao longo de 34 anos. O projeto ‘Manguezal da Lagoa’ tem o apoio da concessionária desde 2022.

“O que vemos hoje é resultado de trabalho conjunto entre estado, município, concessionária, pescadores, universidades, sociedade civil organizada que se debruçaram sobre os problemas da lagoa e se uniram para mudar isso. O resultado está aí: águas cristalinas convidativas para colhereiros, aves que não eram vistas por aqui há 70 anos. Quando tem casa limpa e comida de sobra, o bicho vem fazer a festa”, conta Moscatelli.

Também participaram representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e da Subsecretaria de Recursos Hídricos e Sustentabilidade do Estado; de Comitês de Bacias Hidrográficas; do Instituto Mar Urbano e das universidades UFRJ, Santa Úrsula e PUC Rio, entre outros convidados.

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