Notícia
Águas do Rio troca 30 metros da rede de esgoto na comunidade Barreira do Vasco
A história da Barreira do Vasco, na Zona Norte, está diretamente ligada a existência do Clube de Regatas Vasco da Gama. Nos anos de 1930, o clube, ainda jovem, acabava de erguer o Estádio de São Januário, na época, o maior da América do Sul. Daí o apelido Gigante da Colina, dada a altitude que a sede cruz-maltina estava em relação a Baía de Guanabara. Nos anos seguintes, a colina sumiu para dar lugar as casas populares que formariam a comunidade como conhecemos hoje e, em decorrência, os problemas de abastecimento que, segundo os moradores, atravessam décadas sem solução.
![Obras de esgoto coloca fim as valas negras](https://aguasdorio.com.br/wp-content/uploads/2021/11/Barreira-do-Vasco-2-225x300.jpeg)
Obras de esgoto colocam fim as valas negras
Esta semana, equipes da Águas do Rio entraram pela primeira vez na Barreira do Vasco para realizar obras em quatro pontos: ruas Geraldo Moreira, Expedicionário, Darci Vargas e Santo Antônio. Juntas elas tiveram mais de 30 metros de suas redes de esgoto trocadas. Além da criação de caixas de inspeção, elemento que facilita o acesso aos tubos para realização de limpeza e possível desobstrução. As intervenções fazem parte das ‘Obras de 100 dias’ anunciadas pela concessionária no dia que assumiu oficialmente a concessão da Cedae em 1º/11.
A Barreira do Vasco surgiu com a construção de casas de vilas proletárias criadas para abrigar famílias removidas de favelas da zona sul da cidade. Entre 1948 e 1950 uma ação de urbanização repartiu bicas de água, aumentou a rede de esgoto e ampliou ruas e caminhos de acesso à favela. Apesar dos problemas comuns a qualquer comunidade pobre, como falta d’água, de esgotamento sanitário e de energia, a primeira favela de São Cristóvão é privilegiada pela localização próxima a Avenida Brasil, Linha Vermelha, Centro Cultural de Tradições Nordestinas, o Centro da Cidade, e por ser plana e de fácil acesso.
Alexandra de Brito, moradora da comunidade, destacou há quanto tempo o saneamento básico era um problema: “Eu moro há 25 anos na Rua Darci Vargas, aqui na Barreira do Vasco, e o esgoto sempre foi uma grande questão, principalmente quando chovia. Agora, já houve chuva forte e ficou tudo bem. A obra realmente funcionou”, disse Alexandra.
Cerca de 5 mil pessoas foram beneficiadas com as obras pontuais que deram fim aos esgotos a céu aberto que corriam pelas ruas, problema recorrente na região.
“Ainda há muita coisa a ser feita aqui na comunidade, mas as obras executadas até agora já mostraram resultado e nos deixou muito esperançosos. Esgoto a céu aberto nunca mais”, completou Marcos Roberto Serafim, morador da Rua Expedicionário.