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Águas do Rio celebra dias da Favela e da Consciência Negra reunindo em um só evento artistas e empreendedores que construíram suas carreiras em uma das maiores comunidades do país

 

Um dia todo voltado para festejar a cultura periférica da Rocinha. Em comemoração aos dias da Favela e da Consciência Negra, celebrados em novembro, a Águas do Rio promoveu um evento especial no Anfiteatro da Rocinha. O dia foi marcado por uma programação diversa e com a presença de artistas e empreendedores que se formaram e construíram suas carreiras em uma das comunidades mais populosas do Brasil.

A programação eclética reuniu em um só lugar: uma roda de conversa sobre o movimento negro, uma oficina de confecção de bonecas Abayomi, símbolo de Resistências Negra e diversas apresentações artísticas. Subiram ao palco para contar um pouco de suas histórias:  Renata Simões, diretora do Anfiteatro da Rocinha; Antônio Firmino, fundador do Museu da Rocinha Sankofa; Rafael Favelas, empreendedor; Ana Preta e Leidy Chagas, da cozinha solidária; Lindacy Menezes, escritora; Andrea Lacocca, fundadora do Instituto Capim Santo; Gaspar RDD e Jeff Du Amassa, dançarinos; Mônica Medina, da Comunidade Recicla; Yolanda Demétrio, professora de dança.

 “O evento teve o intuito de apresentar toda a diversidade da Rocinha e promover o diálogo entre os artistas e empreendedores locais. Este Anfiteatro foi criado para incluir a comunidade, e isso tem tudo a ver com a programação de hoje”, acrescentou Renata Simões, diretora do espaço fundado há 15 anos dentro da comunidade.

O diretor superintendente da Águas do Rio, Guilherme Campos, reiterou como o evento contribuiu para o desenvolvimento da comunidade. “Nesta tarde, estamos celebrando toda potência artística e cultural da Rocinha. Eventos como esse promovem o diálogo, a troca e estimulam os artistas. Os eventos da Responsabilidade Social são um compromisso de levar mais do que a dignidade aos moradores, é para fortalecer vínculos e entender a necessidade da população”, exaltou.

 

Dia de celebração

 

Um dos primeiros artistas a subir ao palco foi a dupla de funk passinho, composta por Gaspar RDD e Jeff Du Amassa. Eles, que já são conhecidos em toda a comunidade, acreditam que o evento da Águas do Rio foi importante para promover a cultura e o diálogo.

“É um evento relevante já que o tratamento que as pessoas em situação de periferia sofrem é muito triste. Os artistas da comunidade geralmente têm pouquíssima visibilidade e valorização. Mostrar a nossa arte e o nosso movimento é muito gratificante”, disse Gaspar RDD.

Dentre as atrações, o grupo de dança de Yolanda Demétrio, que performou, através dos seus corpos, as suas ancestralidades. Para a dançarina, a arte é um agente transformador e pode mudar a realidade de muita gente. “O meu desejo é que essas meninas que dançam comigo, que eu ensino, possam ter o incentivo que eu não tive na minha época, quando não tinha um lugar para dançar, ensaiar. Que possam ter sempre eventos como esse para que elas possam apresentar sua arte”, afirmou.

A programação do evento contou com uma oficina de bonecas Abayomi, instruída pela Analista de Responsabilidade Social, Jordana Farias. As bonecas Abayomi, símbolo de resistência negra, abrilhantaram a tarde, conversando diretamente com os temas discutidos durante a roda de conversa: igualdade racial e social, o papel da mulher negra na sociedade e negros no mercado de trabalho.

Andréa Lacocca, ativista, empreendedora e responsável pelo Instituto Capim Santo, buffet responsável pelo evento, se emocionou durante a demonstração de como é feita a boneca. “Eu ganhei a minha primeira Abayomi quando eu era criança. Por não existirem bonecas negras naquela época, minha mãe me deu. Hoje minha filha se chama Rebeca Abayomi por causa da história e do símbolo de resistência”, contou Andréa.

Mônica Medina, supervisora do Projeto Comunidade Recicla da Rocinha, cooperativa que trabalha com o manejo de resíduos sólidos, transformando em roupas, brinquedos, etc. Para ela, a reciclagem e o trabalho da Comunidade Recicla é uma arte que transforma vidas. “A Rocinha tem um grande potencial, temos que entender a força da comunidade e a força dos trabalhadores, e assim conseguiremos alcançar o desenvolvimento sustentável na comunidade. Queremos que a reciclagem vire uma cultura aqui na Rocinha, que não seja algo que se limite à cooperativa. Vamos gerar empregos, renda e possibilidades”, acrescenta.

 

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