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Obra da Águas do Rio garante abastecimento regular para cerca de 40 famílias no Sampaio, colocando fim a anos de improviso com caminhões-pipa
Uma espera que parecia interminável chegou ao fim em apenas duas semanas. Os moradores de uma vila com 38 residências, localizada na Rua Valentim da Fonseca, no bairro de Sampaio, Zona Norte do Rio, estão vivendo uma nova fase após a chegada do abastecimento de água realizado pela Águas do Rio. A obra da concessionária pôs fim à antiga rotina de dependência de caminhões-pipa.
Durante anos, os moradores da vila enfrentaram dificuldades para ter acesso regular à água tratada. Como grande parte das casas não possui escritura ou registro oficial, a implantação da infraestrutura de abastecimento acabava sendo adiada. A situação mudou com a chegada da Águas do Rio que, por meio de planejamento técnico e diálogo, executou a obra em apenas 14 dias, garantindo o fornecimento contínuo de um serviço essencial.
A intervenção incluiu a extensão da rede de abastecimento de água e a instalação de hidrômetros individuais, permitindo que cada morador tenha o controle do próprio consumo.
A aposentada América Gonçalves, de 71 anos, acompanha essa história de perto. Moradora da vila há 40 anos, ela conta como o acesso à água mudou radicalmente sua rotina:
“Antes era um sofrimento. A pior coisa era acordar e passar o dia inteiro esperando o caminhão-pipa chegar para conseguir fazer as tarefas de casa. Eu só conseguia lavar roupa de 15 em 15 dias. Mas agora tudo melhorou, não tenho mais essa preocupação”, relata.
Antes da intervenção, as famílias da vila viviam uma realidade de incertezas. Pagavam pela divisão de caminhões-pipa de terceiros, mas, muitas vezes, o serviço atrasava ou nem chegava. Em períodos de calor, o valor do frete triplicava. Além disso, a procedência da água também não era confiável, sem garantia de qualidade, mas, ainda assim, pela necessidade, os moradores eram obrigados a consumir.
Dignidade em primeiro lugar
Para a cuidadora de idosos Vanessa dos Santos Cordeiro, de 39 anos, a mudança representa mais do que conforto: é também um reencontro com a própria dignidade. Mãe de dois filhos, ela se viu obrigada, por diversas vezes, a manter as crianças longe de casa por não conseguir oferecer as condições mínimas de higiene.
“Muitas vezes, meus filhos tiveram que passar dias com o pai porque aqui não tinha água. E, pra uma mãe, isso é muito doloroso. Hoje em dia, abro a torneira e sei que posso cuidar da minha casa e da minha família. Pra gente, isso é uma vitória”, diz, emocionada.
Muitos moradores também puderam, pela primeira vez, ter uma conta de água registrada em seu nome — um documento simples que garante acesso a diversos serviços públicos, bem como facilita a matrícula dos filhos na escola e até a reivindicação de direitos.
“Ter uma conta no meu nome me dá segurança. Antes, pra provar que morava aqui, eu precisava ir ao cartório, pagar, correr atrás de documentos. Agora não, agora é oficial. Isso mostra que a gente existe e que tem direito como qualquer outra pessoa”, afirma Vanessa.
A execução da obra contou com o trabalho das equipes da empresa responsáveis por levar água tratada de forma segura e permanente aos moradores.
“Levar água para essa vila vai além de oferecer um serviço básico. É garantir dignidade, o reconhecimento que essas famílias esperam há anos. E esse é o verdadeiro propósito do nosso trabalho”, afirma José Roberto Areal de Lima, coordenador comercial da Águas do Rio.
