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Assunto foi tema de seminário em que se debateu perdas de água e uso irregular de carros pipa

 

“O sistema de saneamento é pensado de forma coletiva’, explica Tatiana Carius.

O Brasil teve um prejuízo de R$ 336,8 bilhões com ações ilegais, no ano passado – o que inclui pirataria, gatos, produtos roubados ou falsos. Deste total, R$ 26 bilhões foram de perdas com ligações irregulares de água e luz. Estes números foram apurados pelo grupo de trabalho Rio Legal, fruto da união da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), da Firjan e da Fecomércio. Na apresentação dos resultados, nesta quinta-feira (4/8), no ‘Seminário Combate ao Brasil Ilegal’, ainda foram destacados a perda de arrecadação de R$ 95 bilhões e os 535,7 mil empregos formais que deixaram de ser criados no país.

A diretora jurídica da Águas do Rio, Tatiana Carius, participou de painel sobre a interferência do “Brasil Ilegal” em diversos setores produtivos, como logística, audiovisual, combustível e saneamento. “Estamos falando de crimes. E isto precisa ficar muito claro para todos, pois afeta muito a nossa economia. Mas no caso do saneamento é ainda mais grave, pois estamos falando de saúde pública. O sistema de saneamento é pensado de forma coletiva. A participação de todos é o que garante a universalização dos serviços. Estar ilegal ou não pagar a conta impacta diretamente na situação de pessoas que convivem com esgoto em sua porta ou não têm água tratada dentro de casa”, explica.

Um dos assuntos abordados por Tatiana foi o uso de carros pipa. O que é visto com naturalidade pela população, na maior parte dos casos, é um crime. “O nosso primeiro desafio é comunicar a todos que algo que durante anos fez parte do dia a dia da população é, na maior parte dos casos, ilegal. Clientes que estão ligados à rede formal de abastecimento, caso de toda Zona Sul da capital, por exemplo, não deveriam usar carros pipa”, explica.

Para estar legal, o pipeiro deve ter nota fiscal da compra da água ou um laudo do Inea de potabilidade do local onde a água foi obtida. E mesmo assim, a água do pipa não pode ser colocada na mesma cisterna ou caixa d’água usada pelo sistema formal. “Também já detectamos o uso do pipa como forma de burlar o pagamento de coleta e tratamento de esgoto, pois o valor é calculado baseado na água que passa pelo hidrômetro. É muito complicado falar de cuidados com o meio ambiente e, ao mesmo tempo, estar burlando a tarifa de esgoto”, comenta Tatiana.

Ao final do evento foi lançado um manifesto de Combate ao Brasil Ilegal.

 

 

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